sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Rockviews : Show Winery Dogs - Music Hall, BH-MG

Por Leonardo Santos

Caso você não tenha lido a minha resenha sobre o primeiro álbum da banda (melhor você simplesmente parar de respirar!). Winery Dogs é o Power Trio mais falado do momento. Formado por Richie Kotzen (Poison), Billy Sheehan (Mr. Big) e Mike Portnoy (Dream Theater) a banda reúne músicos geniais fazendo composições acessíveis e de extremo bom gosto, sem abusar de todo o virtuosismo de que são capazes.
Em um
Music Hall com bom público para o estilo, após um curto show de abertura da banda Scarcéus, o trio subiu ao palco para tocar a explosiva Elevate, música que foi o primeiro vídeo oficial da banda. Instantaneamente, a casa explodiu. Parecia que todos ali sabiam cantar a música, mesmo que alguns fossem mesmo na base do "embromation". O set list, assim como o álbum, é impecável e simplesmente não tem pontos baixos, variando entre o "feelling" extremo e músicas capazes de fazer o mais mal humorado  fã de metal extremo chacoalhar, sempre com melodias muito bonitas.
Billy Sheehan várias vezes rouba a cena. Contrariando a discrição própria da grande maioria dos baixistas, Sheehan atua de forma furiosa, inserindo solos o tempo todo nas músicas, sempre com maestria, sem prejudicar a melodia. Não tem como ficar indiferente à sua perfomance. Com o som do baixo sempre "na cara" das músicas, é possível sentir sua energia o tempo todo, a forma como ele está ali mostrando que está dando o máximo.  E vou te dizer que o "máximo" de Sheehan é gigantesco, amigo! Mike Portnoy já é um caso diferente. A impressão que dá é que sua passagem pelo Dream Theater deu toda a dose de "fritação" virtuose que ele poderia desejar e que isso passou. Portanto, dos três, Portnoy é o que tem atuação mais discreta, com um solo bem curto (mas espetacular!) e sem longos e intricados solos nas músicas. Mas isso é bom, muito bom! Afinal, se o trio fosse uma competição sobre quem mostra mais técnica não haveria energético que me mantivesse acordado. Além disso, Portnoy é um cara simpático. Mesmo ali atrás da batera, interage o tempo todo com o público, animando e brincando com uma expressão de genuína felicidade. Enfim, se você quer ver um  Portnoy debulhando a bateria na velocidade da luz terá que ver vídeos dos shows antigos do Dream Theater, mas eu prefiro ver um músico realmente brilhante mostrando linhas de bateria de extremo bom gosto sem deixar de mostrar técnica impecável. Agora, o Kotzen. Bom, dos três, como eu já havia dito na resenha do álbum (você não leu mesmo, maldito?), Richie Kotzen é o menos badalado, já que deixou cedo o Poison para se dedicar a uma carreira solo longe do maistream e sem foco no seu lado virtuoso. Portnoy chegou, inclusive, a dizer que esperava que o Winery Dogs finalmente desse a Kotzen todo o reconhecimento que ele merece. Enfim, o fato é que o cara é realmente impressionante. É quase humanamente impossível alguém cantar e tocar ao mesmo tempo e fazer as duas coisas tão bem! Sem usar palheta, ele parece esquecer a guitarra enquanto solta a voz característica carregada de rock e blues, mas os dedos não param e atuam com precisão incrível!  Os solos e os riffs são sempre muito bonitos e, junto com a voz, formam a alma das composições. Com uma postura bem diferente da maioria dos frontmen de rock, Kotzen é tranquilo no palco, quase sereno, mas não deixa de ser simpático e elogiou várias vezes o público presente.
Em um show excelente do início ao fim, é muito difícil destacar os melhores momentos, mas o quando Kotzen ficou sozinho para executar a música Stand (Poison) foi emocionante, com todo o
Music Hall cantando a plenos pulmões. Regret, com Kotzen nos teclados, foi realmente especial e o encerramento com a poderosa Desire não poderia ser melhor.
Enfim, quem esteve presente viu um show realmente memorável, de três dos melhores músicos da atualidade com uma execução magistral. A banda mostrou tudo que poderia se esperar dos melhores: carisma, profissionalismo, sentimento e técnica. Um evento para ficar na memória de todos que estiveram presentes.



Foto: blog vandohalen (Rodrigo Rossi)


Banda:
Richie Kotzen – vocal, guitarra/violão, teclado
Billy Sheehan – baixo
Mike Portnoy - bateria

Set List:

Elevate
We Are One
Criminal
One More Time
Time Machine
Damaged
Six Feet Deeper
Solo Bateria
The Other Side
Solo Baixo
You Saved Me
Not Hopeless
Stand (POISON)
You Can't Save Me (RICHIE KOTZEN)
Shine (MR. BIG)
I'm No Angel
The Dying
Regret

Bis:
Fooled Around And Fell In Love (ELVIN BISHOP)
Desire

domingo, 9 de junho de 2013

Rockviews: The Winery Dogs

Por Leonardo Santos

Quando alguém anuncia um power trio formado por Portnoy, Sheehan e Kotzen, a primeira coisa que pode passar pela cabeça do incauto é uma "quebradeira" com solos intermináveis e impressionantes, mas interessante somente para músicos maravilhados com a técnica. Tudo bem, até entendo, mas espere um momento. 

A idéia da banda partiu de Portnoy, que tem se envolvido em inúmeros projetos desde a saída do Dream Theater. Inicialmente, as guitarras e vocais seriam de John Sykes, mas algo não correu bem no meio do caminho e o trio foi fechado com Richie Kotzen. Enquanto que Sheehan é uma verdadeira lenda, amplamente reconhecido como pioneiro e um dos maiores virtuoses do baixo no rock, e Portnoy é aclamado como um dos melhores bateristas da sua geração, Kotzen sempre teve reconhecimento muito mais discreto e alguém desavisado poderia pensar que ele seja o ponto mais baixo do trio. Nada poderia estar mais longe da verdade. Richie Kotzen é um guitarrista extremamente talentoso e com uma enorme capacidade de impressionar com solos rápidos e técnicos, mas nunca se envolveu em projetos exibicionistas, preferindo uma carreira solo fora do mainstream onde privilegia o bom gosto das composições. Além disso, é um excelente vocalista, capaz de fazer belas linhas carregadas de "soul" e "blues", e também ótimo compositor. Ou seja, o cara tem o dom e não é exagero dizer que é um dos artistas mais talentosos do rock na sua geração. 

The Winery Dogs em si, segue um rock clássico, com influências do hard rock dos anos 70, cheio de "groove" e "jazz-rock", com harmonias surpreendentes e de bom gosto. E sim, temos vários trechos onde os músicos fazem coisas extremamente complicadas e impressionantes, mas sem nunca perder o foco na melodia. Não temos, também, músicas longas e enfadonhas, são todas feitas na medida certa. O baixo, para alegria dos fãs do eterno "injustiçado" instrumento do rock, está sempre  bem "na frente", evidenciando o grande trabalho do mestre Billy Sheehan. Portnoy sabe, com maestria, dosar a virtuose de que todos sabemos que ele é capaz, e completa o trabalho de Sheehan de forma magistral. Os solos de guitarra são, ao mesmo tempo, extremamente técnicos e de bom gosto e os momentos onde guitarra e baixo solam juntos valem toda a atenção. Pode-se ver, claramente, a forte influência de Kotzen nas composições e as melodias vocais lembram seus trabalhos solos, o que pode levar algumas pessoas a pensar em falta de originalidade, mas são carregadas de sentimento e muito feitas. A produção, feita pela própria banda, é, ao mesmo tempo, poderosa e cristalina, como um álbum de rock clássico moderno deve soar. 

O álbum alterna baladas cheia de soul, contando com o vocal arrebatador de Kotzen, e "pedradas" rock'n roll carregadas de swing. Estranho que a música Criminal, minha preferida, é, na verdade, um bônus da caprichada versão japonesa. Esta é a música mais "hard rock" do trabalho (entenda o que nós, brasileiros, chamamos de "hard rock"). 

Enfim, The Winery Dogs pode não primar pela originalidade das melodias, afinal, após tantas décadas de estilo, é, basicamente impossível  criar um álbum de rock que soe como algo que nunca ouviu antes, mas dificilmente você verá esta ideia ser tão bem executada, com linhas tão bonitas em todos os instrumentos e tanto bom gosto. 




The Winery Dogs 

Músicas
01. Elevate
02. Desire
03. We Are One
04. I'm No Angel
05. The Other Side
06. You Saved Me
07. Not Hopeless
08. One More Time
09. Damaged
10. Six Feet Deeper
11. Criminal (Japanese bonus track)
12. The Dying
13. Regret

Músicos
Richie Kotzen - vocais, guitarras, teclados
Mike Portnoy - bateria, vocais de apoio
Billy Sheehan - baixo, vocais de apoio



Assista aqui o video de "Desire"


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rock Never Stops: E o Rock nunca para em BH !

Se preparem!
As férias de julho em nossa capital das alterosas prometem. A já famosa festa Rock Never Stops trará, no dia 14 Sebastian Bach e BIG NOIZE, e no dia 27 o super trio THE WINERY DOGS.
Como o nome mesmo diz, o rock nunca para. Foi com esse intuito e paixão que os irmãos Cris Simões e Flávio"Jagger" Simões, juntamente com os amigos rockeiros Expedito Filho e Mark Paladino, criaram o evento/festa e já trouxeram à estes palcos nomes de peso do hard rock mundial como Kip Winger, Jeff Scott Soto e Chris Slade.
Cabe aqui um parênteses - conheço os três, Flavinho, Cris e Expêto, desde muitos anos, quando este que vos escreve era um dos donos de uma lojinha de CDs que fez estória nos anos 90 na Savassi. Os caras eram fregueses assíduos e desde aquela época, rockeiros inveterados! Também já toquei em mais de um projeto com o Cris nos teclados, sempre "trombando" com todos eles em vários eventos de rock em BH.
Ou seja, os caras gostam, entendem e vivem o rock and roll!
E esta iniciativa de trazer ícones do hard rock para nossas sêcas praias não poderia ser mais do que celebrada!

Sebastian Bach é um cara que dispensa maiores apresentações. Polêmico frontman de uma das bandas mais cultuadas da segunda geração da farofa americana- o Skid Row, e dono de uma carreira solo de respeito, o cara chega liderando um quarteto chamado Big Noize. Aproveitando a farra do atual mercado brasileiro para shows internacionais e pequenos hiatos em suas respectivas carreiras, George Lynch (Dokken, Lynch Mob), Phil Soussan (Ozzy Osbourne) e Vinnie Appice (Black Sabbath, DIO, Heaven and Hell) estarão, juntamente com Bas, tocando alguns dos maiores sucessos de suas bandas e outros clássicos do heavy metal e hard rock internacional. Todos quatro, sem exceção, gravaram álbuns básicos e são de uma geração marcante e referência para qualquer um que acompanhou o fenômeno do hard rock nos anos 80. É só ouvir ou lembrar de "Youth Gone Wild", "Shot in the Dark", "In my Dreams", "The Mob Rules", entre várias outras.


Fonte: site oficial

Duas semanas depois e no mesmo local é a vez do The Winery Dogs. Quando ouvi falar da banda pela primeira vez, achei que, pelo nome, seria uma dessas bandas inglesas dos anos 2000 e tantos, modernosas e chatas. Ops, falha nossa.
Billy Sheehan, Richie Kotzen e Portnoy. Como assim?
Não dá para se esperar nada menos do que o  melhor álbum e show que ouviremos e veremos neste ano de 2013. Lembro-me como se fosse ontem, meados dos anos oitenta, quando Dave Lee Roth abandou o Van Halen para se lançar em carreira solo e recrutou Steve Vai e Billy Sheehan para humilharem no quesito cordas em sua banda. Quando vi pela primeira vez o video de "Yankee Rose" pensei em aposentar meu baixo e nunca mais tocar - mas de lá pra cá, eu, e toda uma geração de baixistas, não fizemos outra coisa a não ser admirar o talento transgressor do senhor Billy. Talas, Mr.Big, Niacin e inúmeros outros projetos reforçam o que todos já sabem há anos: Billy Sheehan é sem dúvida o maior baixista de rock dos últimos tempos!
Junto a ele e vindo de uma mesma época, em que virtuosos guitarristas pipocavam na América, um tal Richie Kotzen canta e compõe de forma mais que competente além de respeitadíssimo nas seis cordas. É só dar uma conferida no currículo do cara: Greg Howe, Poison, Mr. Big e Stanley Clarke, entre vários outros projetos e participações em coletâneas e tributos. Um dos registros mais legais na extensa carreira de Kotzen é o álbum de 1994, chamado "Mother Head's Family Reunion". Clássico e recomendado!
E o que dizer do sr. Portnoy? O cara é um dos melhores bateristas de uma nem tão nova geração assim. Alguns puristas e fãs não vão gostar do que vou dizer, mas ainda bem que ele sartou fora do Dream Theater. Nunca tive muita paciência pros caras e saí no meio do show deles ano passado aqui no Chevrolet Hall. E deixar um cara como Mike Portnoy "preso" a uma banda ou projeto é até sacanagem. Desde que abandonou o teatro lá já tocou com Avenged Sevenfold, Liquid Tension Experiment, Transatlantic, Neal Morse, OSI, Flying Colors, John Arch, Adrenaline Mob, e agora o Winery Dogs.
Ou seja, o cara não para quieto. Bom para nós!

Fonte: site oficial 

E enquanto vou aqui rabiscando, no fone do PC tá rolando The Winery Dogs, o álbum. Candidato a melhor álbum de 2013, os caras mandam um hard rock com pitadas setentistas e com muito, muito groove. Talvez até pela voz rouca e pela pegada bluesy de Kotzen fique mesmo essa impressão. Mas é hard rock puro, e de altíssima qualidade. Ouçam "Desire", "Elevate", "I'm no Angel" e "We are One", só para começar.
E "Regret", que fecha o álbum, é uma balada blues daquelas que são candidatas ao pódio!
Dá para pensar em perder um show desses?

Isso mesmo, meu povo..ali mesmo no Santa Efigênia, no Music Hall, bem pertinho.
E então... agora é economizar na cerveja nossa de todo dia e garantir os ingressos. Imperdível, não?


Para maiores informações sobre os shows, acessem os links:
https://www.facebook.com/events/542523835793431/?fref=ts
https://www.facebook.com/rockneverstopsbh?fref=ts
https://www.centraldoseventos.com.br/comprar/big-noize-14-de-julho

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Rockviews: Deep Purple - Now What?!

Deep Purple é uma banda que poderia, muito bem, viver o resto dos seus dias apenas tocando seu imenso material já existente em turnês, sem nenhum tipo de obrigação de lançar algo novo. Sendo assim, podemos concluir que a banda tem o privilégio de gravar o que quiser e quando quiser, sem nenhum tipo de pressão. Levando tudo isso em consideração, não haveria sentido algum em fazer mais um álbum apenas para compor a discografia, que não acrescentasse nada novo. Oito longos anos após "Rapture of the Deep", o Purple diz "Now What?!". E vou lhe dizer, jovem, você pode até não gostar deste álbum, mas nunca poderá dizer que estilo "sopa rala de chuchu", aquela coisa sem graça e previsível, que não incomoda, mas também não acrescenta nada. Após todos estes anos, é impressionante ver quantos novos elementos foram explorados, quantas experiências e sons inesperados existem aqui. Os vovôs realmente resolveram surpreender e partir para uma nova aventura. 

A produção foi feita pela lenda Bob Ezrin, que fez um trabalho mais limpo do que o geralmente encontrado nos álbuns do Purple, mas é algo extremamente bem feito. A voz de Gillan não é mais a mesma a muitos anos, mas a produção de Ezrin ajudou muito a torná-la ainda muito bonita de ouvir. A própria banda diz que o álbum é dedicado ao fenomenal Jon Lord, que morreu de câncer no pâncreas em 2012, então era de se esperar um destaque especial aos teclados. Portanto temos aqui um Don Airey sem freios, com longos solos e uma profusão de sons dos mais variados como ainda não havíamos visto no Deep Purple, para o bem e para o mal. Os fãs "Die Hard" da banda devem ficar maravilhados, mas outros podem pensar que existe certo exagero, ao ponto de ficar cansativo. Quem brilha mesmo em "Now What?!" é o fantástico Steve Morse. Após amadurecer na banda, Morse consegue unir seu estilo mais ousado com o clássico do Purple, sem exageros, mas também sem se conter. Os solos são longos, mas sempre indispensáveis, unindo técnica apurada ao bom gosto, carregados de sentimento. 

Alguns críticos afirmaram que este álbum seria algum tipo de sucessor do clássico "Machine Head", mas esqueça isso. É exagero puro e simples, não existe cabimento em fazer qualquer tipo de comparação. Coloque este tipo de bobagem de lado,  ouça "Now What?!" sem preconceitos e terá várias surpresas ao longo da sua audição. Mesmo que não goste de todas elas, não há como deixar de admirar a criatividade e todo o empenho neste belo trabalho feito por um dos maiores "dinossauros" da história do rock.




DEEP PURPLE
NOW What ?!
© 2013 earMUSIC 

Tempo: 60:11 min
Data de Lançamento: April 26, 2013
Tracklist
1. A Simple Song
2. Weirdistan
3. Out Of Hand
4. Hell To Pay
5. Bodyline
6. Above And Beyond
7. Blood From A Stone
8. Uncommon Man
9. Après Vous
10. All The Time In The World
11. Vincent Price
12. It’ll Be Me 
 
Line-up
Ian Gillan (vocais)
Steve Morse (guitarra)
Roger Glover (baixo)
Ian Paice (bateria)
Don Airey (teclados) 



Assista aqui em primeiríssima mão ao vídeo de "Vincent Price!"

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Rockviews: Queensryche - Frequency Unknown

Por Leonardo Santos

Tudo bem, um monte de confusão na história deste álbum. Tudo parece ter estourado, curiosamente, no nosso amado Brasil, em um show realizado em 14 de abril de 2012, São Paulo, quando, furioso com a demissão da sua esposa (empresária da banda) e sua filha de criação (presidente do fã clube), Geoff Tate partiu para agressão física e "cuspidas" (é, deste nível) contra o baterista Scott Rockenfield e o guitarrista Michael Wilton da banda Queensryche. Cansados dos surtos do vocalista, os outros membros fundadores, Rockenfeld, Wilton e Jackson, decidiram colocar o turbulento Tate no olho da rua. Houve, então, uma disputa judicial sobre quem teria o direito de utilizar o nome "Queensryche"  e o resultado foi que, até a próxima audiência judicial agendada para novembro deste ano, as duas partes poderão fazer uso do nome. Então podemos ter duas bandas chamadas Queensryche e com mesmo logo?! Yeah, isso aí! Bem vindo à bagunça!

O que aconteceu depois foi uma corrida de Tate para lançar seu álbum, já que o outro Queensryche já anunciara a contratação de Todd la Torre (Crimson Glory) para os vocais e um novo trabalho. Para isso, Geoff convidou um time de músicos talentosos e consagrados, que inluia o ótimo guitarrista Glen Drover (Megadeth, King Diamond), depois substituído por Robert Sarzo. O interessante é que o motivo para saída de Drover foi o fato de que o guitarrista afirmou esperar algo na linha dos cinco primeiros álbuns do Queensryche e disse não estar contente com os rumos definidos por Tate. Pois é....
Para vencer a corrida, o álbum foi escrito por seis músicos (!!!): o próprio Tate, Jason SlaterLukas Rossi, Randy Gane, Martín Irigoyen e Chris Cox. O resultado foi que, em apenas seis semanas, Frequency Unknown já estava pronto. Questionado sobre o motivo de tanta pressa para o lançamento, Tate disse que foi para coincidir com as datas das turnês. Acredite... se quiser. A capa é mais uma provocação, mostrando um punho fechado e a abreviação F.U., uma sigla comumente utilizada para Fuck You. Nem o próprio Tate teve cara de pau suficiente para negar o propósito. 
Após toda esta novela, podemos falar do álbum em si. Vamos começar pela produção.... praga, esqueci de mais essa! O álbum foi produzido por Jason Slater, que havia produzido os últimos três álbuns do Queensryche. Aparentemente, as críticas e o próprio Tate não ficaram totalmente satisfeitos com a produção e um novo álbum, remixado, foi lançado. Acontece que as cópias anteriores não foram recolhidas e foram comercializadas, então temos duas mixagens diferentes para este mesmo álbum! Segundo a gravadora, isto dá ao cliente o direito de escolher qual som lhe agrada mais, uma "boa vantagem". Deus nos acuda! Mas o fato é que a produção está bastante decente e não vi mesmo nada de errado. Nada brilhante, mas está na média dos lançamentos das grandes bandas de metal. Para dar mais peso ao lançamento, temos vários convidados. Nos solos de guitarra e produção, colaboraram K. K. DowningChris PolandTy TaborBrad GillisDave Meniketti (este cara é bom!) e Chris Cannella, enquanto que Nina Noir fez vocais de apoio. Além disso, para a gravação de várias músicas, foram utilizados músicos de estúdio ao invés da banda anunciada por Tate. Tudo em nome do prazo.

Você deve estar pensando que, de toda esta confusão e "mexidão" de músicos, não pode sair nada bom. Verdade, não pode. F.U. é um álbum que não tem absolutamente nada a ver com o que o Queensryche já fez, longe até mesmo dos fracos dois últimos lançamentos da banda. Mas ok, vamos deixar nosso tradicionalismo de lado, afinal, quem disse que Tate não pode se fazer algo diferente e ser bom? O real problema é que F.U. é um álbum com um rock moderno pasteurizado e, definitivamente, existe muita gente que já faz a mesma coisa muito melhor. Alguns solos são realmente legais, mas não tem nada muito inspirado nos riffs. Tudo é insosso, sem graça, como um "fast food". Com boa vontade, podemos fazer excessão a "In the Hands of God", uma música com melodias realmente bonitas e uma atmosfera que lembra um pouco o Queensryche. Fora isso, tudo parece uma coisa encomendada, expressa.
Agora, vamos à cereja do bolo: as quatro regravações. Por quê diabos regravar três clássicos que já são perfeitos em suas versões originais? Segundo o próprio Tate, a razão é simples: muito dinheiro. A gravadora queria ter os direitos sobre estas músicas e fez a encomenda. Simples assim. Mas aí temos um problema: a voz. Tate nitidamente sofre para atingir as notas mais altas, o que fica bem evidente em "Empire", e não exibe mais aquela voz límpida e potente de antigamente. Enfim, é de se esperar que ele não cante mais como um colibri, mas não é só isso. Seu timbre mudou também nos tons mais graves, o que sempre havia sido um diferencial. Afinal, sempre existiram muitos vocalistas capazes de atingir notas muito altas, mas poucos que, ao mesmo tempo, tinham uma voz tão bonita e encorpada nos tons mais graves. Isso se perdeu. Ouça "Silent Lucidity" para entender do que estou falando. Não me entendam mal, ele canta estas músicas ainda de forma decente e ficaria bem num show ao vivo, mas em uma gravação de estúdio a comparação é inevitável e os pontos fracos ficam evidentes demais. Fica claro, também, porque ele se limita aos tons médios nas músicas inéditas, onde ele ainda mantém um timbre realmente bonito. 

No final, F.U. não é um álbum execrável,  mas não consegue mais do que  um rock modernoso medíocre, bem diferente e aquém, aliás, do que aqueles músicos sabem fazer. 
Tate grita aos quatro ventos que os últimos álbuns do Queensryche foram criações suas. Bom, isso não é exatamente uma vantagem e ouvir "Frequency Uknown" faz pensar que, por mais que me doa admitir (sou fã assumido dos primeiros álbuns do Queensryche e da voz de Tate), sua saída da banda pode realmente fazer bem aos que ficaram. Nos resta, agora, aguardar pelo álbum do "outro Queensryche". Não confunda, se puder!




Selo Deadline
Data Lançamento:  23 de abril de 2013


Músicas:
01. When Lightning Strikes
02. Running Backwards
03. Fallen
04. Life Without You
05. In The Hands Of God
06. Cold
07. The Weight Of The World
08. Slave
09. Dare
10. Everything
Bonus
11. Silent Lucidity
12. Empire
13. Jet City Woman
14. I Don' t Believe In Love


Músicos
Geoff Tate: vocais 
Kelly Gray : guitarras
Robert Sarzo: guitarras
Rudy Sarzo: baixo
Randy Gane: teclados
Simon Wright: bateria

domingo, 5 de maio de 2013

Paul, rock and roll e não rolou!

Pois é, eu não fui.
Paul deve ter falado "uai", deve ter tocado seu Hoffner, suas guitarras e seu piano, cantado e feito um monte de gente suspirar e se emocionar.
E olha que meu amigo e companheiro de banda Gustavo Buchecha insistiu: "Você vai se arrepender!", profetizou ele na sexta a noite.
Como eu já tinha comentado aqui no meu texto dos cambistas, não consegui comprar nas insanas corridas da internet e não tive coragem de pagar trezentinho no mínimo no mercado branco.
O que falar então do senhor Paul McCartney e do show que eu perdi?
Bom, o cara é simplesmente a história do rock and roll em si. Fez parte do grupo que revolucionou o modo de se ouvir, tocar e gravar a música conhecida como rock. Junto com John Lennon formou uma das parcerias mais reverenciadas e respeitadas até hoje. É um dos mais bem sucedidos artistas em todo mundo e mantém um pique invejável no auge de seus 70 anos. Sir Paul McCartney.

Foto: tumblr

Ao ler hoje sobre o set list apresentado no Mineirão ontem confesso que bateu aquela invejinha de quem esteve lá. Paul e banda tocaram simplesmente 36 músicas, entre elas "Eight days a week" (que ele não tocava ao vivo desde 1965 com os Beatles), "Let me roll it", "Paperback Writer", "Eleanor Rigby", "Band on the Run" para apenas citar algumas.
Deve ter feito muita gente chorar com "Let it Be", "Something" e "Yesterday". Eu, quando vou em show de artista ou banda que gosto, sou um dos que chora mesmo...sem dó! "The Long and Winding Road" seria a minha deixa para as lágrimas, com certeza.
Deve ter feito muita gente ficar com aquele olhar parado e emocionado ao mandar e explodir o palco com "Live and let Die", "Back in the USSR" e "Golden Slumbers". E ainda mandou "Maybe I'm Amazed"... falar mais o que? (fonte set list: whiplash.net).


Foto : redutodorock.com.br

Deve ter sido simpático, competente, carismático. Gentleman.
Num patamar e status de carreira de tudo que Sir Paul McCartney já foi, ainda é e representa para a música moderna, como não se esperar o melhor da banda, produção, luzes, som e efeitos?
E tem uns que ainda dizem que o cara é um clone ou um sósia.
Com certeza os mais de cinquenta mil que estiveram ontem na Pampulha podem se sentir afortunados: viram o verdadeiro - o músico, o compositor, o entertainer e o front-man que marcou e ainda vai marcar por muito tempo a época de ouro do rock and roll.

Foto: site oficial


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Rockviews: Riot - Immortal Soul

Por Leonardo Santos

Eu sei, é muito mais interessante fazer a resenha logo que o álbum foi lançado. Mas me permita aqui algo um tanto emocional. Afinal, dificilmente terei oportunidade de fazer isto com outro álbum do Riot. Depois da morte do grande Mark Reale (1955-2012), fundador e principal compositor da banda, o lançamento de outro álbum inédito do Riot é mais que improvável. Como em 2011 não existia Rockviews e não quero deixar esta fantástica banda passar em branco nas minhas resenhas, deixe-me falar um pouco sobre o Immortal Soul, lançado no fim de 2011, pouco tempo antes do mal terrível conhecido como Doença de Crohn finalmente vencer a luta contra Reale

O Riot com certeza é uma das maiores bandas de Metal fora do mainstream. Com mais de 36 anos de carreira e 14 álbuns de estúdio, todos com uma consistência impressionante, a banda possui uma ficha invejável, mesmo quando comparada aos medalhões do estilo. E apesar de nunca ter estourado para o grande público, possui uma fanática legião de seguidores. Basta ler as resenhas internacionais de Immortal Soul para entender o que estou falando: poucas são desprovidas de paixão. 

A história deste álbum vem de muitos anos atrás. Pouco depois do lançamento de Born in America, em 1983, a banda se separou e correu o risco de um fim definitivo. Mark Reale tenta outros trabalhos, mas, sem muito sucesso, decide renovar a banda e voltar com um novo Riot. Para isso, recrutou o fantástico vocalista Tony Moore e o resultado foi um marco definitivo no Power Metal: Thundersteel. A voz de Moore atingia tons ridiculamente altos, com controle e limpidez fenomenais, e a nova formação permitiu ao Riot uma agressividade ainda não vista nos seus álbuns anteriores. Muitos consideram Thundersteel o primeiro álbum do estilo chamado de Power Metal e, por favor, não confundam com aquela canção de ninar que bandas como Edguy fazem e alguns insistem em colocar  no mesmo balaio. Dois anos depois, o Riot lança Privilege of Power, um álbum "político" e com músicas mais cadenciadas. Posteriormente, Tony Moore sai da banda por divergências com o empresário Steve Loeb e começa a era Mike DiMeo

Certo, jovem, mas o que isso aí tem a ver com Immortal Soul? Acontece que, mesmo tendo uma série de bons lançamentos com DiMeo, o Riot adotou uma linha um pouco mais leve e muitos fãs ansiavam pelo retorno aos tempos de Thundersteel. Após 5 anos do último álbum com DiMeo em 2006 (Army of One), Mark Reale teve, então, a bela idéia de recrutar os mesmos músicos da era Thundersteel/Privilege of Power e gravar um novo álbum. Uma chama adormecida era despertada nos fiéis. 

Passados mais de 20 anos, não podemos dizer que a voz de Tony Moore permaneceu intocada. Ela perdeu um pouco daquele timbre cristalino e seu registro ficou um pouco mais baixo, mas ele ainda consegue alcançar notas estratosfericamente altas e isso é notável para um cara que exige tanto da sua voz. Apesar da faixa de abertura "Riot" ser uma das mais agressivas já feitas pela banda, o álbum não é (nem deveria ser) um Thundersteel atual. Immortal Soul varia entre o Power Metal e o Heavy Metal tradicional, sempre com melodias fortes e sem nenhuma balada. Os riffs de Flyntz e Reale são uma pedrada atrás da outra. Stavern faz um trabalho extremamente preciso no baixo e Jarzombek mostra ser um power baterista de primeira. A produção do álbum também está um ponto acima da maioria dos álbuns de metal e é de alta qualidade. 

É interessante lembrar que Mark Reale já estava muito doente durante as gravações, então a maior parte da execução ficou a cargo de Flyntz, que tocou com maestria as grandes idéias de Reale. Não gosto muito de comentar faixa por faixa, fica enfadonho,  mas Wings are for Angels é uma grande música de Power Metal que todo fã tradicionalista deve adorar e o resto do álbum é, de maneira geral, um ótimo trabalho, com faixas que mostram  músicos excepcionais, um vocalista ainda excelente e o gênio criativo do fundador da banda. 

Tendo Immortal Soul como último legado, Mark Reale pode descansar orgulhoso.







Riot
Immortal Soul

Data de lançamento: 22 de novembro de 2011
Selo: Steamhammer
Duração: 53:02


Músicas:


01. Riot
02. Still Your Man
03. Crawling
04. Wings Are For Angels
05. Fall Before Me
06. Sins Of The Father
07. Majestica
08. Immortal Soul
09. Insanity
10. Whiskey Man
11. Believe
12. Echoes




Foto: Facebook - RiotRockCity


Músicos:
Mark Reale – Guitarra 

Tony Moore  - Vocais                                                                                         Bobby Jarzombek – Bateria
Don Van Stavern – Baixo

Mike Flyntz - Guitarra



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Rockviews: N.O.W. - Bohemian Kingdom

Por Leonardo Santos

Pessoalmente, acho que ser "patriota" quando se fala de música não tem sentido. A música é universal, interessa se é de qualidade, independente do país de origem. Entretanto, é muito legal quando você ouve algo muito bom e, de repente, descobre que tem suas origens aqui no Brasil

O N.O.W. é um projeto do baixista e compositor brasileiro Alec Mendonça, que fez todas as composições, arranjos e co-produziu o álbum. Para o trabalho de estréia ("Force of nature") , lançado em 2010, Alec foi em busca de um vocalista e a qualidade das composições acabou atraindo a atenção do ótimo Philip Bardowell (Unrully Child, Places of Power). "Force of nature" causou boa impressão nas críticas do exterior e foi considerado como algo ainda em fase de crescimento, mas com grande potencial. 

Após três anos, Alec recrutou o guitarrista Juno Moares e o baterista sueco Lars Chriss e lança o segundo álbum do N.O.W.: "Bohemian Kingdom". E podemos dizer que os dois foram grandes aquisições para a banda. Além de ser um ótimo baterista, Chriss também produziu o álbum e fez um belo trabalho. Se a produção do debut deixava a desejar, é fácil ver uma grande evolução aqui. Além disso, Juno Moraes é um excelente guitarrista e conseguiu captar perfeitamente as idéias de Alec, colaborando para deixar o trabalho ainda mais maduro e consistente. 

Não espere aqui um álbum "feijão com arroz" de hard rock, com aquela estrutura simples e manjada. "Bohemian Kingdom" é um álbum diferente, bem mais complexo e com uma variação muito interessante em suas músicas. As composições são de grande qualidade e os belos  vocais de Bardowell, que me lembra Bob Catley, se encaixam prefeitamente. O uso do saxofone em algumas músicas foi muito bem feito, bem no estilo da banda Foreigner. A faixa de abertura ,"I´m  Alive",  é um verdadeiro "soco", com belas linhas de guitarra e poderia muito bem figurar na trilha sonora de um filme de ação dos anos 80, enquanto que a ótima faixa título tem uma estrutura bastante diferente e surpreendente. Cada música tem um estilo próprio e o álbum nunca cai na monotonia. 

Principalmente para nós, brasileiros, letras de rock costumam não ter muita importância, mas vale a pena dar uma lida no encarte e ver que são muito bem feitas. Aliás, é uma pena que o álbum tenha sido lançado somente por um selo estrangeiro e, por enquanto, quem quiser adquiri-lo deve fazer importação pelo ebay. Mas digo que a vale a pena!  "Bohemian Kingdom" está vendendo bem e tem superado alguns medalhões nas lojas especializadas. Quem sabe este projeto não cresce e ainda vemos o N.O.W. sair em turne com shows na nossa terrinha?



N.O.W
Bohemian Kingdom
© 2013 Escape Music  


Músicas
1. I’m Alive
2. I Feel Divine
3. Don’t Go Now
4. Strong Enough
5. Mary-Ann
6. Tonight Is The Night
7. Bohemian Kingdom
8. Leon’s Going Soft
9. Cassie’s Dream
10. No One Can Feel It’s Over 
 
Line-up
Alec Mendonça (baixo, vocais)
Philip Bardowell (vocais, vocais de apoio)
Juno Moraes (guitarra)
Lars Chriss (bateria)
Matti Alfonzetti (vocais de apoio)
Mike Wallace (vocais de apoio)
The Choir Of Mesa California
Zé Canuto (saxofone, flauta)
Andy Loos (baixo) 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Rockviews: Pretty Maids - Motherland

Por Leonardo Santos 

Pretty Maids é uma banda com longos anos de estrada, formada  lá em 1981 pelos dinamarqueses Ronnie Atkins e Ken Hammer.  Apesar da alta qualidade dos seus álbuns e de Future World (1987) ser considerado um verdadeiro clássico, a banda nunca atingiu o mainstream, mesmo abrindo shows para pesos pesados como Whitesnake, Black Sabbath e Deep Purple. Sobreviveu à onda grunge dos anos 90 correndo para o mercado japonês, onde fez grande sucesso e chegou bem nos anos 2000.  
Em 2010 laçou seu penúltimo álbum, Pandemonium, um petardo que foi muito bem recebido pelos fãs e críticos. O desafio de manter o nível era, portanto, muito grande e 3 anos depois a banda lança o ótimo Motherland

O Pretty Maids sempre fez um Hard'n Heavy (hohoho) de peso, com riffs fortes, belas linhas de teclado e refrões bem melódicos. Motherland traz um som mais moderno, com guitarras de afinação bem baixa nos riffs, mas sem perder o foco na melodia. 

O grande destaque continua sendo o vocal de Ronnie Atkins. Apesar de considerar Future World realmente sensacional, a bem da verdade, nunca fui muito fã do timbre de Atkins nas passagens mais pesadas, quando ele enchia a voz com um drive bem rasgado, mas, na minha opinião, feio ("Loud and Prooooud"). Os anos fizeram bem ao vocalista e ele está muito mais técnico, com drives mais bem dosados e muito bonitos, sem perder nada da agressividade. Ouça a faixa Hooligans que você vai entender o que estou falando. 

A banda trilha com grande facilidade por sons bem pesados e belas baladas, indo do hard rock para o power metal (não aquele babinha dos Edguys da vida, estou falando de POWER METAL) e, apesar de eu não considerar todas as 13 músicas essenciais, existem ali umas 8 ótimas faixas que mais que valem sua audição. São excelentes riffs, linhas de baixo muito bem feitas e teclados que fazem aquele complemento na medida, sem tirar o peso ou deixar as coisas chatas. 

Com mais de 30 anos de estrada, o Pretty Maids continua mandando grandes álbuns, mostrando a muito garoto farofinha por aí como se faz. 




PRETTY MAIDS
Motherland
© 2013 Frontiers Records  (FR CD 593) 
release date: March 22, 2013

Tracklist
1. Mother Of All Lies
2. To Fool A Nation
3. Confession
4. The Iceman
5. Sad To See You Suffer
6. Hooligan
7. Infinity
8. Why So Serious
9. Motherland
10. I See Ghosts
11. Bullet For You
12. Who What Where When Why
13. Wasted 

Line-up
Ronnie Atkins (v)
Ken Hammer (g)
Shades (b)
Allan Tschicaja (d)
Morten Sandager (k)